Ministros reclamam de falta do que fazer no Quênia
Pelo menos 30 ministros-assistentes do Quênia enviaram uma carta ao presidente reclamando da falta de trabalho.
"Eu apenas vou ao escritório e fico lendo jornais", disse Abu Chiaba, ministro-assistente da Pesca.
Seu colega do Ministério do Turismo e Vida Selvagem, Kalembe Ndile, disse que fica sabendo das decisões políticas do governo por meio da imprensa.
O presidente queniano Mwai Kibaki prometeu um governo enxuto quando assumiu em 2002, mas ao invés disso aumentou o número de empregos no governo para recompensar seus parceiros de coalizão.
O Quênia tem 50 ministros-assistentes trabalhando em 33 ministérios. Algumas pastas têm dois assistentes designados.
O governo gasta mais de US$ 9 milhões por ano para pagar salários e verbas para os ministros-assistentes.
Vice
"Devemos isto ao contribuinte, que o que recebemos seja proporcional ao que fazemos", disseram os assistentes na carta.
"Sou tratado como uma sombra e apenas fico sabendo das questões de meu ministério por meio da imprensa", disse Kalembe Ndile.
Os ministros-assistentes querem que o presidente Kibaki determine com exatidão quais são os deveres de cada um e também querem ser chamados de vice-ministros.
Alguns dos atuais ministros que já tinham servido como assistentes deram apoio aos colegas.
"Já estive lá antes e sei como ministros-assistentes são tratados", disse Mohammed Kuti, atual Ministro de Negócios para Juventude.
"Eles apenas vão ao escritório, lêem jornais e são emboscados para participarem de cerimônias no lugar do ministro", acrescentou.
Mas alguns quenianos se perguntam a razão de os ministros-assistentes terem demorado tanto para reclamar sobre a falta de trabalho, apenas levantando a questão seis meses antes das eleições gerais do país.
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